Crianças pobres trabalham horas a fio e são maltratadas pelos patrões. Em troca, muitas vezes, apenas recebem um pouco de comida
Crianças pobres trabalham horas a fio e são maltratadas pelos patrões. Em troca, muitas vezes, apenas recebem um pouco de comidaNa véspera do dia mundial das crianças, a amnistia Internacional (aI)alertapara a situaçãodos petizesque trabalham como escravos no Haiti. a organização pressiona o governo do país a tomar medidas para proteger os menores da exploração e maus-tratos. Jovens de famílias pobres, em particular raparigas,começam a trabalhar muito cedo, para ajudar no sustento da casa.
a maioriasão quasetratados comoescravos. Trabalham em condições desumanas e são violentados para, em troca, receber apenas um pouco de comida, explicou Gerardo Ducos, investigador da organização no Haiti. Muitas raparigas, ao fim de alguns anos de maus-tratos, acabam por fugir das casas onde trabalham. Sozinhas, a viverem na rua esem qualquer tipo de apoio, acabam por cair nas malhas da prostituição para sobreviverem. a legislação não protege os menores deste tipo de situações – denuncia a organização.
Só depois de erradicar esta moderna escravatura se poderá proteger os direitos de milhares de crianças, afirma o especialista da aI. Em 2003, o Haiti adoptava uma lei que proibia todo o tipo de violência contra os menores. a norma regulamenta o trabalho infantil, mas, não o proíbe. Em 2007, cerca de 100 mil raparigas trabalhavam como domésticas,segundooórgão das Nações Unidas para a Infância.