Pela primeira vez um documento papal foi editado em chinês. Bento XVI entregou, pessoalmente, um exemplar ao presidente dos Estados Unidos da américa
Pela primeira vez um documento papal foi editado em chinês. Bento XVI entregou, pessoalmente, um exemplar ao presidente dos Estados Unidos da américaO Papa defende a rigorosa humanização da economia, afirmou o cardeal Saraiva Martins, na conferência sobre a última encíclica de Bento XVI, em Fátima. Esta é a primeira novidade da terceira encíclica publicada a 29 de Junho de 2009. Quando a economia renuncia à ética, torna-se perigosa. Vemos na crise actual, uma falta de ética, assinalou o purpurado.
a partir da leitura do documento sobre o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade, o antigo prefeito da Congregação para a causa dos santos lembra que o Pontífice pede que se reconsidere as bases do nosso sistema e que se construa mais sobre a rocha da ética que sobre a areia da economia.
a globalização aparece actualmente como uma explosão da interdependência mundial a todos os níveis o que constitui uma oportunidade. No entanto, refere o consultor dos bispos, sem caridade, este impulso pode concorrer para criar danos na família humana. assim, não se pode enfrentar o problema da globalização sem uma adequada antropologia, isto é, o homem no centro da economia, explicou o cardeal.
a economia precisa da ética, salientou Saraiva Martins, defendendo que a ética precisa da caridade, do amor. São formas de caridade económica, o micro-crédito, por exemplo. Mas a encíclica apela à luta contra novas e velhas pobrezas, num intercâmbio relacional de um humanismo aberto à transcendência, tendo por base a solidariedade para com o outro.
a dignidade da pessoa humana e a exigência de justiça obriga a que as opções económicas do mundo não façam aumentar as diferenças de riqueza e de desigualdade. O Santo Padre apela a um com-crescimento, ou seja, crescer juntos. Porque se isso acontecer o homem pode realmente progredir, assinalou o purpurado perante uma plateia de religiosas, religiosos e leigos.
Na última parte do documento, Bento XVI é apresentado como o Papa da ecologia. a natureza é expressão de desígnio de amor e de verdade e não um monte de lixo espalhado ao acaso. Ela, diz o cardeal português foi confiada ao homem e deve existir uma relação harmoniosa entre ambos.