Cerca de 600 médicos obstetras, entre os 30 e 40 anos, optaram por não praticar abortos sem justificação médica. Embora ilegal, o aborto é uma prática muito difundida
Cerca de 600 médicos obstetras, entre os 30 e 40 anos, optaram por não praticar abortos sem justificação médica. Embora ilegal, o aborto é uma prática muito difundidaSegundo os clínicos, o aborto é uma questão que a sociedade coreana insiste em ignorar. Ninguém quer falar dela, embora todos saibam que o aborto é praticado de forma abusiva. auto-denominados Gynob (mistura entre ginecologia e obstetrícia), este grupo de médicos, que se constituiu em Dezembro de 2008, insiste em levar a questão aos tribunais a partir do início do próximo ano.
a actual lei permite o aborto só em casos limitados, tais como violação ou incesto, em casos de pais portadores de doenças hereditárias ou numa gravidez que prejudique a saúde da mãe de forma grave. De acordo com as estatísticas do Ministério da Saúde, foram praticados cerca de 300 mil abortos em 2005 e apenas 4,4 por cento estava dentro das normas legais.
Na Coreia, nascem anualmente cerca de 450 mil bebés. Os jovens médicos estão convencidos que o número de abortos será duas ou três vezes maior que os números oficiais. É insignificante o número de pessoas penalizadas pela prática ilegal do aborto: uma em 2005, cinco em 2006, quatro em 2007 e cinco em 2008. O porta-voz do Gynob declarou: Nós, médicos, autoridades judiciais e Ministério da Saúde cometemos um erro grave durante muito tempo.como tal, a verdade incómoda sobre os abortos nunca foi revelada.
Para muitos obstetras tornou-se economicamente lucrativo praticar abortos. Custa entre 250 e 350 dólares. Um membro do Gynob confessou que chegou a fazer 20 abortos num mês, tendo ajudado a nascer apenas 14 bebés. Muitos problemas relacionados com deficientes e mães solteiras foram resolvidos através do aborto. Segundo este grupo de clínicos, os bebés deveriam poder nascer sem discriminação.compete ao governo defender os direitos deles. Entretanto é necessário que a sociedade, em geral, debata o tema. algo que nunca fez.