as línguas indígenas e africanas correm mais risco de desaparecerem. Todos os anos, contam-se dezenas que levam consigo parte de uma cultura
as línguas indígenas e africanas correm mais risco de desaparecerem. Todos os anos, contam-se dezenas que levam consigo parte de uma culturaUm pesquisador de Camarões alerta para o perigo das línguas africanas desaparecerem. Emmanuel Fotso-Kings dedica-se ao estudo de idiomas africanos num centro de pesquisa, em Paris. O perito fala numa ameaça real e persistente que exige uma rápida resposta. Só em África existem mais de mil idiomas, divididas em quatro pilares: afro asiáticas; Khoisan; nigero-congolesas; nilo-saarianas.
O camaronês considera que os dirigentes têm um papel preponderante na preservação das línguas. Defende a promoção das mesmas nas escolas e o seu uso nas administrações. apesar das várias acções recomendadas, nomeadamente em reuniões do Órgão das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), nada foi feito.
No mundo, existem cerca de sete mil línguas. Metade delas podem desaparecer dentro de algumas gerações, segunda a UNESCO. Todos os anos desaparecem dezenas. as línguas indígenas são as mais fragilizadas, dado o diminuto número de falantes. Em determinadascomunidades, algumas só são faladas por anciões. Se há quem considere o fenómeno natural, fruto da própria evolução, também há quem se preocupe com o seu desaparecimento. Cada idioma que se extingueleva consigo uma série de conceitos específicos e parte de uma cultura.