Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Coreia organizou um simpósio sobre o papel da sociedade e da Igreja face aos trabalhadores precários
Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Coreia organizou um simpósio sobre o papel da sociedade e da Igreja face aos trabalhadores precáriosO simpósio teve como objectivo central apelar à construção de uma sociedade onde todos, incluindo os trabalhadores precários, possam viver uma vida mais digna e decente. a nossa sociedade entrou numa fase de polarização: num dos pólos encontram-se os trabalhadores precários, afirmou o bispo de Incheon, Choi Bonifácio, presidente da Comissão de Justiça e Paz, na saudação inicial no simpósio, a 16 de Outubro. O prelado sublinhou que a sociedade, em geral, deve fazer o esforço de melhorar as condições de vida destes trabalhadores, cujo número não tem parado de aumentar. Esta melhoria é fundamental na criação de uma sociedade que respeite a dignidade humana e o valor do trabalho, reconhecendo-o como parte da condição humana. Os temas do simpósio, apresentados pelos vários convidados, apelaram à resolução deste grave problema social, bem como à intervenção mais activa da Igreja Católica. De acordo com as estatísticas apresentadas pelo director do Centro dos Trabalhadores Coreanos, Kim Seong-hee, o número de precários atinge 52 por cento dos 16 milhões de assalariados. a situação é deveras preocupante, tendo em conta que os precários recebem muito menos que os trabalhadores regulares. Mais grave é a situação das mulheres. Cerca de 64 por cento trabalham em situação de precariedade. Mas a taxa mais elevada de trabalho precário pertence aos jovens e idosos. Um dos intervenientes no simpósio exprimiu o desejo que a Igreja seja a primeira instituição a dar o exemplo, resolvendo a situação de precariedade dos seus trabalhadores.