adriano Langa, bispo de Inhambane, participou no Sínodo para a África. Em Roma, abordou o tema da inculturação da fé e da Igreja
adriano Langa, bispo de Inhambane, participou no Sínodo para a África. Em Roma, abordou o tema da inculturação da fé e da IgrejaO bispo de Inhambane manteve informadas as comunidades da diocese sobre o desenrolar dos trabalhos sinodais, através de crónicas escritas. Enviadas regularmente, nelas dá conta das suas impressões sobre o tema central em discussão: Reconciliação, justiça e paz em África. Deste lado, as comunidades cristãs acompanharam o sínodo com as suas orações. Já tinham participado na sua preparação através das respostas às questões de preparação do documento de trabalho. Na sua última crónica, o Bispo de Inhambane agradeceu às comunidades este apoio espiritual fundamental. agradeço, em meu nome pessoal e de todos os Padres sinodais pela vossa oração, antes e durante o Sínodo. a melhor avaliação pertence ao povo cristão. Na sua intervenção nos trabalhos sinodais, em Roma, o bispo de Inhambane abordou um tema que lhe é muito caro: a inculturação da fé e da Igreja em África numa perspectiva bem pastoral. a falta ou insuficiência da inculturação nos seus diversos aspectos cria o problema da falta de identidade do crente católico (linguagem e estilo próprios) que o deixa complexado diante dos crentes das outras Igrejas, afirmou o prelado no seu discurso. Esta situação “leva o católico a copiar esse estilo e essa linguagem [particularmente das seitas bastante inculturadas, em termos de linguagem e estilo]. Tal atitude dá lugar a um cristianismo de estilo protestante, senão mesmo à adesão formal dos católicos às seitas e movimentos evangélicos”. Na véspera do encerramento do sínodo, adriano Langa manifestou-se satisfeito: Falando por mim, direi que o trabalho foi um sucesso. Tentamos fazer ouvir a voz da África ao mundo e tentamos fazer com que a África falasse para si mesma. E acrescenta: Olhando para a nossa caminhada, em Moçambique, ficámos confirmados em todos os domínios: eclesial, social cultural e politico. a mensagem final do sínodo pede que a comunidade internacional trate o continente africano com “respeito” e altere as regras do jogo económico. O apelo comum para que todos se empenhem em favor da reconciliação é uma forte interpelação deixada pelos bispos: África, levanta-te e anda!. O bispo de Inhambane já lançou uma proposta para a difusão da mensagem nas comunidades. Sugiro a sua tradução nas línguas da diocese (xitswa, chope, gitonga e ndau), para a fazer chegar até às comunidades mais recônditas, até às pessoas singulares e simples. Terminado o Sínodo em Roma, cabe-nos a todos dar-lhe continuidade em cada diocese.