Só 9 por cento dos brasileiros aceitaria de forma incondicional os imigrantes. Em Espanha e Itália a posição é semelhante, quando uma em cada sete pessoa no mundo é migrante
Só 9 por cento dos brasileiros aceitaria de forma incondicional os imigrantes. Em Espanha e Itália a posição é semelhante, quando uma em cada sete pessoa no mundo é migranteVárias comunidades estrangeiras contribuíram para a formação da população brasileira actual. africanos, portugueses, italianos, espanhóis e japoneses influenciaram a história do Brasil. Porém, só 9 por cento da população aceita a entrada incondicional de imigrantes no país. Um estudo desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)revela que a maioria dos brasileiros defende a imposição de restrições à imigração. 43 por cento desejam a limitação ou proibição da entrada de estrangeiros no Brasil. Os outros 45 por cento aceitam os imigrantes, desde que haja empregos disponíveis.
O PNUD defende que deve ser concedido ao homem o direito de decidir onde viver. adianta que a entrada de estrangeiros aumenta os postos de trabalho e a taxas de investimento. a posição dos brasileiros em relação ao fenómeno migratório é semelhante à de outros países, como argentina, México, Espanha e Itália. Nessas nações, 39 a 43 por cento dos habitantes são contra a permanência de estrangeiros em território nacional.
Os países da américa Latina verificaram um maior fluxo migratório antes da primeira guerra mundial. No século dezanove, o Brasil até dava benefícios [concedia terrenos] aos cidadãos estrangeiros. O desenvolvimento dos países mais pobres da Europa diminuiu esse processo. actualmente, é a migração interna (mobilização das pessoas dentro de um mesmo país) que verificou um aumento.
O PNUD defende a importância da migração. Permitir esse fenómeno tanto dentro como fora das fronteiras pode aumentar a liberdade das pessoas e melhorar a qualidade de vida de milhões de cidadãos. No mundo, uma em cada sete pessoas é migrante. 740 milhões migram dentro do próprio país. Do total, 30 por cento deslocam-se para países em desenvolvimento.