Conflitos no campo caí­ram para 46 por cento, em 2008. a violência “foi bem maior”: um assassínio em cada 30 conflitos, alerta a Comissão Pastoral da Terra
Conflitos no campo caí­ram para 46 por cento, em 2008. a violência “foi bem maior”: um assassínio em cada 30 conflitos, alerta a Comissão Pastoral da TerraOs dados parciais já disponíveis, e apresentados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Brasil, mostram que as mortes por conflitos no campo (que envolvem disputas por terras, água e questões laborais) são mais recorrentes. De Janeiro a Junho de 2009, a média de pessoas envolvidas em cada conflito é maior (528) em relaçãoà média nacional do ano passado – 445 pessoas por cada conflito agrário. É em relação à violência que se sente um crescimento preocupante.
Registou-se um assassínio em cada 30 conflitos, uma tentativa de assassínio em cada oito, um torturado em cada 61, um preso em cada quatro conflitos e 18 famílias despejadas em cada disputa de terras. O balanço refere 366 conflitos no campo, envolvendo mais de 193 mil pessoas, com 12 assassínios, 44 tentativas de assassínio, 22 ameaças de morte, seis pessoas torturadas e 90 presas. Deste total, 246 conflitos deveram-se a conflitos por terras, envolvendo cerca de 25 mil famílias.
a região Centro-Oeste foi palco de maior violência no campo brasileiro, segundo a CPT. a região Sudeste apresentou um crescimento no número de assassínios e o Norte mantém-se no ranking com o maior número de homicídios. O Nordeste foi a região que apresentou um aumento preocupante de casos a envolver famílias que sofreram a acção de pistoleiros com ameaças, agressões ou violência.