O país assume a presidência da União africana. Deve dar o bom exemplo, desistindo da execução de 14 homens e suprimir a pena capital – defende uma ONG
O país assume a presidência da União africana. Deve dar o bom exemplo, desistindo da execução de 14 homens e suprimir a pena capital – defende uma ONGUma organização não governamental (ONG)nigeriana intercede junto da União africana, em defesa de 14 cidadãos nigerianoscondenadosà pena capital, na Líbia, divulga a agência Panapress. O Centro para os Direitos Sociais, Económicos e Responsabilidade (SERaP) pede que osmesmosnão sejam executados. São acusados de assalto à mão armada, assassinato e tráfico de droga. No total, 230 nigerianos encontram-se nos corredores da morte, no país.
O SERaP questiona a equidade do julgamento dos 14 homens. apela a União africana a verificar se o processo decorreu em condições, na presença de um advogado, em prazos razoáveis e com respeitopelos direitos dos detidos. a organização teme eventuais execuções secretas, contraditórias às resoluções adoptadas pela União africana e Nações Unidas.
Existe sempre a possibilidade de homens e mulheres inocentes serem executados num país que mantém esta punição, lembra a SERaP. a organização opõe-se firmemente à sentença. Reforça: a pena de morte é arbitrária por natureza e constitui uma discriminação contra aqueles que são pobres, marginalizados ou pertencem a comunidades minoritárias.
a ONG exorta os estados membros da U a a abolirem a pena de morte, seguindo assim a tendência mundial. a Líbia, que assume actualmente a presidência, deve dar o exemplo – considera. Segundo a amnistia Internacional, em 2008, a região da África do Norte e Médio Oriente somou 21 por cento das execuções mundiais. No total, são 508,a taxa mais elevadaa seguir à Ásia. Burundi e Togo foram os últimos países africanos aextinguir a sentença,em 2009.