Pequenos passos, embora significativos, são dados no combate à prática que afecta grande parte da população feminina. O povo continua muito apreensivo
Pequenos passos, embora significativos, são dados no combate à prática que afecta grande parte da população feminina. O povo continua muito apreensivoNo Mali, 85 por cento das mulheres são vítimas de mutilação genitalfeminina, prática ainda bastante enraizada em muitos países africanos. afecta jovensa partir dos 15 anos de idade e é causa de graves problemas de saúde, jápara não falar de traumas que ficam para a vida. a população rejeita os argumentos depreciativos sobre a excisão, masé sensível aos efeitos negativos que pode ter na vida das malienses. Recentemente, algumas mulheres que a praticavam,desistiram de o fazer,avança a agência Syfia.
a maioria dos homens está a favor do que consideram uma tradição. Condenam as mulheres que não aceitam a excisão e insistem em transmitir o costume às próximas gerações. Por outro lado, organizações não governamentais e associações locais desenvolvem acções de sensibilização junto da população sobre a problemática. Os jovens são mais receptivos. Falam mais facilmente sobre o assunto ejá o questionam através de peças de teatro. Tratam-se de importantesiniciativas, que focam os graves problemas de saúde resultantes da excisão. Explicando às pessoas as suas consequências nefastas para a mulher, muitos acabam por perceber porque lutamos contra, assegura Maimouna Dagnoko, membro de uma ONG, citado pela Syfia.
Nenhuma lei proíbe a prática de excisão no Mali, nem nunca ninguém foi condenado por tal. Contudo, vários artigos da constituição opõe-se-lhe, embora não determinem sanções. O Protocolo de Maputo, em 2005, foi uma das convenções internacionais assinadas pelo país, para a abolição da mutilação genital feminina. Uma ONG apresentou um projecto de lei que interdita a prática, à Comissão da assembleia Nacional para as leis. apesar do apoio de alguns deputados, Sidibé Kadidia abdou considera difícil o texto ser aceite na assembleia. Os políticos têm em conta a opinião dos seus eleitores, que na maioria são contra a abolição, lembraa membro de uma associação local.