Todos podem ser voluntários. O seu contributo é inestimável e duplamente enriquecedor. Quem recebe também dá e quem dá recebe e recebe muito
Todos podem ser voluntários. O seu contributo é inestimável e duplamente enriquecedor. Quem recebe também dá e quem dá recebe e recebe muitoao longo dos meus anos de actividade missionária em Moçambique, tanto no Niassa como agora em Inhambane, tenho tido frequentemente contacto com o trabalho de leigos voluntários. O seu contributo é inestimável, a todos os títulos. Seja a nível individual ou colectivo, religioso ou leigo, de nacionalidade portuguesa ou de outras nacionalidades; através do trabalho directo ou através de associações, os benefícios colhidos são múltiplos e as suas repercussões incontáveis. Quando recebemos leigos voluntários devemos saber o que pretendemos deles, organizar o seu trabalho, mas ser flexíveis. Dar lugar à inovação e à criatividade, desde que adequadas à realidade, à visão e à missão da instituição. Os resultados são quase sempre positivos: as actividades já existentes são fortalecidas; novos projectos podem surgir; toma-se contacto com novos conhecimentos, novas experiências e novas maneiras de ver as coisas. até os fundos e recursos existentes podem ser aumentados. O trabalho voluntário é duplamente enriquecedor. Quem recebe também dá e quem dá recebe e recebe muito. Para além da evidente expressão de solidariedade que consubstancia, é também factor de crescimento pessoal para quem o executa e para quem se abre ao contributo do trabalho e voluntarismo de outrem. Esta semana a nossa professora, Maria de Lurdes, da Escolinha paroquial, frequentada por 55 crianças, dos 3 aos 6 anos, completou uma formação em educação pré-escolar. Foi uma formação proporcionada pela aDPP – ajuda de Povo para Povo – uma organização não-governamental. Durante a sua ausência o trabalho com as crianças foi assegurado pela leiga missionária da Consolata, Diana Nunes, professora primária, que juntamente com o marido Rui antunes, informático, estão em missão no Guiúa por dois anos. Um vivo exemplo do que pode e deve ser o trabalho voluntário. a organização aDPP ao proporcionar a formação à nossa professora, residente no Guiúa e a leiga missionária ao substituí-la e, agora, ao colaborar activa e empenhadamente na educação das nossas crianças, realizam um trabalho de coordenação e de colaboração em que todos são beneficiados. Juntas, podem agora desenvolver um trabalho melhor, mais informado, mais preparado e mais animado. as formas de acção voluntária são tão variadas quanto as necessidades da comunidade e a criatividade do voluntário. através do seu trabalho é possível transformar não só as organizações, mas também a comunidade em geral. aos poucos, juntos, faremos um pequeno risco, que marcará a diferença, na superfície do mundo.