assim titula um editorial do “Korea Herald”,jornal coreano de língua inglesa. Faz uma reflexão sobre a figura e importância do primeiro cardeal coreano que faleceu aos 86 anos, a 16 de Fevereiro últimoassim titula um editorial do “Korea Herald”,jornal coreano de língua inglesa. Faz uma reflexão sobre a figura e importância do primeiro cardeal coreano que faleceu aos 86 anos, a 16 de Fevereiro últimoConsiderado como uma das figuras mais influentes da sociedade coreana, sobretudo pelo papel que desempenhou durante o período da ditadura militar, o cardeal Estêvão Kim foi a voz da consciência nacional durante esse período de instabilidade social e política. ao mesmo tempo, foi também o grande impulsionador do crescimento da Igreja católica nas últimas décadas, precisamente por ter defendido sempre os mais pobres, marginalizados e perseguidos.
Durante o período da ditadura militar, foi a voz da oposição. Conseguiu manter os militares fora dos limites da catedral de Myong-dong, onde se refugiavam os que exigiam democracia e liberdade. ao mesmo tempo, foi ouvido pelos que estavam no poder, que procuravam nele conselhos para estabelecer a paz entre facções opostas.
as suas palavras eram escutadas por todos: católicos e demais coreanos. Eram palavras que continham uma mensagem de esperança, baseada na boa vontade inerente a este mundo e à bênção da vida eterna. antes do último suspiro, disse às irmãs e médicos que cuidaram dele: Obrigado pelo vosso amor.
a notícia de que era seu desejo doar os olhos a um paciente inspirou muitas pessoas a desejarem doar os seus órgãos. a organização Um Corpo, Um Espírito, que promove a doação de órgãos, anunciou que mais de 100 pessoas prometeram doar órgãos, enquanto que muitas mais telefonaram para saber como poder ajudar a campanha de sensibilização.
O editorial do Korea Herald termina com estas palavras: Todos os coreanos devem muito a este grande homem pela motivação e encorajamento da sua voz frágil em tempos difíceis. Estêvão Kim foi eleito cardeal de Seul e líder da Igreja católica coreana em 1968, com apenas 47 anos. Exerceu esta função durante três décadas até lhe suceder o actual cardeal Chong Nicolau.