Em seis dias participaram em mais de três mil actividades. acabou a “confusão alegre”
Em seis dias participaram em mais de três mil actividades. acabou a “confusão alegre”Os números impressionam pela dimensão: o Fórum Social Mundial (FSM) que, este domingo, terminou em Belém do Pará, Brasil, reuniu 133 mil participantes de 142 países, incluindo 1900 indígenas de 120 nações, para um total de 3210 actividades inscritas – apesar de nem todas se terem realizado. Outro número curioso: participaram ainda três mil crianças e adolescentes, num espaço especialmente preparado para o efeito.
a organização do evento envolveu também mais 17500 pessoas no trabalho voluntário de apoio, expositores, artistas, jornalistas e outras sete mil na segurança, incluindo a Força Nacional de Polícia.
Estes dados foram apresentados por Cândido Grzybowski, do comité organizador do FSM, numa conferência de imprensa final, onde este fundador do fórum, explicou aos jornalistas o facto de não existir uma declaração final: Não queremos fazer velha política, cada um tem de assumir a sua responsabilidade, a partir do lugar onde está.
Para Grzybowski, o futuro passa por aqui, e não por Davos: Tem que se olhar para aqui para se ver mais o futuro, não para o velório do Fórum Económico Mundial (FEM) [de Davos]. afinal, insistiu o responsável, conseguiu-se desde o FSM de 2002 mudar a agenda do FEM: primeiro, a pobreza, depois a violência, agora a questão palestiniana.
as actividades finais concentraram-se este domingo na Universidade Federal Rural da amazónia (UFRa), onde pela manhã se realizaram 16 das 22 assembleias de temas específicos (as outras seis tiveram lugar na Universidade Federal do Pará – Ufpa) e, à tarde, a grande assembleia das assembleias, onde se fez a síntese das reuniões da manhã. acabado o fórum, foi a debandada. a chuva apareceu antes, certinha, pela tarde.