apesar da baixa do preço dos bens alimentares, milhões de pessoas, em todo o mundo, encontram-se em situação de dificuldade
apesar da baixa do preço dos bens alimentares, milhões de pessoas, em todo o mundo, encontram-se em situação de dificuldadeOs preços da alimentação, combinados com o impacto da crise financeira, não fazem mais do que agravar as dificuldades do mundo em desenvolvimento, afirma a directora-geral do Banco Mundial (BM). Este organismo alerta o mundo para o facto dos consumidores nem sempre beneficiarem da descida dos preços das matérias-primas. No caso do milho, por exemplo, o custo mundial caiu 32 por cento num trimestre, mas o preço baixou apenas um por cento para os consumidores de Mombaça, no Quénia.
as previsões apontam para que continue a grande volatilidade dos preços e que os pobres sejam os mais afectados, já que consagram metade dos seus rendimentos à alimentação, adianta Okonjo-Iweala, citada pela Lusa. Esta segunda e terça-feira, representantes de 95 países convidados pelo governo espanhol encontram-se com a responsável do BM, para tentar concretizar os compromissos da cimeira da FaO, em Junho de 2008, contra a crise alimentar.
O Banco Mundial sublinha que 13 milhões de pessoas já beneficiaram de ajuda desde Maio, através de centros de distribuição, dos sistemas de remuneração, e da distribuição de sementes e adubos a pequenos empresários, nomeadamente no Quirguistão, no Tajiquistão, na Somália, no Níger, na Etiópia e no Togo. Serão destinados a este programa mais de 540 milhões de euros (700 milhões de dólares), depois de já terem sido gastos 386 milhões de euros (500 milhões de dólares). O Banco Mundial já elevou o montante disponível para empréstimos destinados à agricultura e à alimentação, até 2010. Junta-se ainda uma verba de 772 mil milhões de euros desbloqueados pela Sociedade financeira internacional, para fazer face à actual situação.