Somália, Congo, Myanmar e Zimbabué: aqui se encontram quatro das maiores dez crises humanitárias de 2008
Somália, Congo, Myanmar e Zimbabué: aqui se encontram quatro das maiores dez crises humanitárias de 2008 a lista dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), agora divulgada, visa centrar a atenção sobre os milhões de pessoas que estão presas em situações de conflito e guerra, afectadas por crises médicas, cujas necessidades imediatas e essenciais de saúde são negligenciados, e cuja situação muitas vezes passa despercebida, afirmou o presidente do Conselho Internacional do grupo, Cristophe Fournier,citado pela Lusa.
a violência na Somália, uma das piores crises de violência da última década, agravada pela deterioração dos sistemas de saúde consta nesta lista. actualmente, uma em cada dez mulheres daquele país morre durante o parto e uma em cinco crianças não atinge os cinco anos de idade.
No Congo, a deslocação forçada de civis no leste do país, devido aos combates entre o governo e os grupos armados, está a listagem das crises humanitárias. Centenas de milhares de pessoas refugiaram-se na selva,sem acesso a cuidados de saúde, água, alimentos e abrigo.
a MSF apontam ainda o ciclone Nargis, que provocou cerca de 130 mil mortos e desaparecidos e que obrigou a ajuda internacional a Myanmar (antiga Birmânia). Doenças como a Sida, a tuberculose e a malária foram ignoradas pelo governo militar, apesar de serem responsáveis pela morte de dezenas de milhares de pessoas todos os anos, afirma a associação.
O colapso económico de longo prazo, uma taxa de inflação de 231 por cento deixou muitas pessoas sem dinheiro até para pagar o bilhete de autocarro para se deslocarem a uma clínica. Há, no Zimbuabué, dois milhões de pessoas infectadas com o vírus da Sida e a esperança média de vida é de 34 anos.
Os esforços humanitários frustrados no Iraque, os conflitos nas zonas tribais do Paquistão, a continuação da crise no Darfur, a guerra civil no Sudão foram também apontados pelos Médicos Sem Fronteiras. Em alguns destes locais é extremamente difícil aos grupos de ajuda aceder às populações. Quando somos capazes de prestar assistência temos uma responsabilidade especial de testemunhar e divulgar este intolerável sofrimento, bem como chamar a atenção para as necessidades humanitárias básicas, explicou Cristophe Fournier.