Bento XVI incita ao diálogo entre ciência e fé numa carta sobre o sétimo centenário do grande filósofo e teólogo franciscano escocês Duns Scoto
Bento XVI incita ao diálogo entre ciência e fé numa carta sobre o sétimo centenário do grande filósofo e teólogo franciscano escocês Duns ScotoÉ possível compreender, explicar e defender as verdades de fé à luz da razão humana, escreve Bento XVI. Para tanto é necessário procurar a conformidade de todas as verdades naturais e sobrenaturais que procedem da única e mesma fonte.
Bento XVI esclarece deste modo como se estrutura o diálogo entre ciência e fé, numa carta a propósito do sétimo centenário da morte de Duns Scoto. O Papa Ratzinger sublinha que, depois de ter provado com diversos argumentos, extraídos da razão teológica, o facto da preservação da beata Virgem Maria do pecado original, Duns Scoto estava absolutamente pronto também a rejeitar esta persuasão no caso em que se chegasse à conclusão que esta não estava em sintonia com a autoridade da Igreja.
O frade franciscano filósofo e teólogo nasceu em Maxton, no condado de Roxburgh, Escócia, em 1265. Viveu muitos anos em Paris, em cuja universidade lecionou, e morreu em Colônia, em 1308. Da tradição escolástica, foi chamado o Doutor Subtil , mentor de outro grande nome da filosofia medieval: William de Ockham. Foi beatificado em 20 de Março de 1993, durante o pontificado de João Paulo II.