Fugiram muitas vezes sem nada a não ser a roupa do corpo. Os seus rostos tristes contam-nos muitas histórias
Fugiram muitas vezes sem nada a não ser a roupa do corpo. Os seus rostos tristes contam-nos muitas históriasRostos tristes, rostos de homens e mulheres que vivem longe das suas casas, obrigados a fugir, por vezes sem nada a não ser a roupa do corpo. Corpos tristes. Gente com histórias que não devem ser esquecidas – nem repetidas.
Mohammed refugia-se sob uma tenda depois de seis horas a caminhar pelas montanhas do Paquistão, para fugir das bombas. Qadir procura trabalho em Cabul depois de ter sido expulso de sua casa pela seca. Julie, paralisada, foi levada pelo seu irmão para um local seguro, depois de soldados rebeldes a terem repetidamente violado na República Centro-africana. Do outro lado do mundo, nas florestas da Colômbia, Luz Esperanza viu a luz do dia num acampamento improvisado longe das suas terras indígenas.
Mas estas imagens não se passam apenas em lugares distantes. Na Europa, Ilya, 72 anos, espera para regressar novamente a sua casa, no Noroeste da Geórgia, no seu abrigo que cheira a canos rotos dos esgotos, num spa do período soviético.
Estes são os rostos e as histórias que estão na origem de uma campanha que as Nações Unidas lançaram, esta quinta-feira, sobre a situação crítica de milhões de pessoas deslocadas internamente. Fixe-lhes nomes e rostos.