a abertura de ligações aéreas, marí­timas e postais directas, interrompidas há quase 60 anos, após uma longa guerra civil, foi festejada em Pequim como o início de “uma nova era”
a abertura de ligações aéreas, marí­timas e postais directas, interrompidas há quase 60 anos, após uma longa guerra civil, foi festejada em Pequim como o início de “uma nova era”

O continente chinês e a ilha de Taiwan devem agora alargar a confiança mútua e a boa vontade a outros sectores e pôr de lado diferenças políticas e ideológicas, para assegurar uma duradoura estabilidade, escreve o jornal China Daily, em editorial. O estabelecimento das três ligações directas ajudará, segundo o diário, os esforços das duas partes para minimizar os efeitos da crise financeira global.

O governo do Kuomintang (partido nacionalista) refugiou-se na ilha de Taiwan, depois da tomada do poder pelos comunistas, em 1949. Pequim considera a ilha, distante menos de 200 quilómetros da costa chinesa, uma província da China. a abertura das ligações permite enfrentar a crise actual, favorecendo um mais fluente movimento de mercadorias e de pessoas. ao mesmo tempo integrará ainda mais as duas economias e criará mais empregos, escreve o China Daily.

Pequim defende a reunificação pacífica, segundo a fórmula já adoptada para Hong Kong e Macau: Um país, dois sistemas. a fórmula foi lançada no início da década de 1980, aliás com a intenção de favorecer a reunificação com Taiwan. Segundo esta fórmula, Hong Kong e Macau mantêm o seu modo de vida, excepto nas áreas da defesa e política externa, que são da competência exclusiva do governo central chinês. as duas ilhas gozam de um alto grau de autonomia.

No caso de Taiwan, a China promete que a ilha poderá também manter as suas forças armadas e ter um representante no governo central, mas ameaça usar a força se a ilha proclamar a independência. O governo de Taiwan continua a intitular-se Republica da China (sem o adjectivo popular ) e tem rejeitado a solução, alegando que a ilha não é uma colónia. apesar da rivalidade política, as relações económicas tornaram -se cada vez mais estreitas e a Republica Popular da China é hoje o maior parceiro comercial de Taiwan. O continente chinês absorve mais de um quinto das exportações de Taiwan.