Cresce no mundo o número dos que têm fome. O relatório da FaO acusa um aumento de 40 milhões de famintos relativamente a 2006. a actual crise económica poderá agravar a situação
Cresce no mundo o número dos que têm fome. O relatório da FaO acusa um aumento de 40 milhões de famintos relativamente a 2006. a actual crise económica poderá agravar a situação a chaga da fome continua a sua marcha imparável. Segundo os dados do relatório da FaO, agência das Nações Unidas para a agricultura e desenvolvimento, verifica-se em 2007 um aumento de 40 milhões de famintos, relativamente ao ano anterior. O aumento dos preços das matérias primas fez cair na insegurança alimentar milhões de pobres, reduzindo drasticamente a quantidade e a qualidade de alimentação disponível.
Os preços dos principais cereais mantêm-se mais elevados em 20 por cento relativamente a Outubro de 2006, lê-se no documento da FaO. Crianças, mulheres grávidas correm um elevado risco, alertou o director da organização, Jaques Diouf. as desordens civis que se verificaram nos países em desenvolvimento são um sinal claro do desespero causado pelo aumento dos preços alimentares.
Os efeitos da crise serão mais devastadores entre os pobres das áreas urbanas e as mulheres chefe de família. a situação mais dramática regista-se na África a sul do Sara. Uma em cada três pessoas, o que equivale a cerca de 236 milhões de seres humanos, sofre de fome crónica.
Para os peritos da FaO, o elevado preço dos alimentos pode tornar-se numa oportunidade de desenvolvimento. De facto o aumento do custo dos alimentos pode significar para milhões de pequenos agricultores pobres uma ocasião de desenvolvimento e favorecer a expansão dos mercados regionais. É uma oportunidade para criar novos postos de trabalho e relançar uma agricultura sustentável no sul do mundo.
Torna-se necessária uma estratégia coerente e coordenada entre governos, países doadores, organizações humanitárias, sociedade civil e sector privado. É preciso reforçar o sector agrícola e ajudar os pequenos produtores, fornecendo-lhes sementes, fertilizantes, máquinas agrícolas e os serviços essenciais. Dsete modo poderá garantir-se o acesso dos mais pobres á alimentação.