Práticas de bruxaria associadas a crimes macabros. UNICEF quer proteger crianças albinas, as vítimas destes assassínios no país dos Grandes Lagos
Práticas de bruxaria associadas a crimes macabros. UNICEF quer proteger crianças albinas, as vítimas destes assassínios no país dos Grandes Lagos a morte brutal de uma menina albina de seis anos, no Burundi, baleada e desmembrada por habitantes que aparentemente acreditam em poderes mágicos de algumas partes de corpos albinos, está a chocar o mundo e levou já a UNICEF a trabalhar com as autoridades do país para proteger melhor estas crianças.
Relatos da imprensa dizem que a menina foi morta a tiro no fim-de-semana no na província de Ruyigi, no Leste do Burundi, perto da fronteira com a Tanzânia, e em seguida foram decepados os membros e a cabeça, num acto macabro, que culmina uma série de assassinatos de albinos na região. Já em Setembro, uma menina de 14 anos tinha sido assassinada.
Os albinos foram durante muito tempo discriminados e marginalizados em toda a região dos Grandes Lagos, em África. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) patrocinou em agosto um workshop na vizinha República Democrática do Congo (RDC), numa tentativa de melhorar os seus direitos.
Mas há cada vez mais assassínios de albinos, por causa de rumores espalhados por bruxos de que o seu sangue pode ser usado na prospecção de ouro e as partes dos seus corpos podem ser usadas para um aumento das capturas de peixe.