“O grande adversário da justiça e da paz, no princípio deste século é, entre tantos, a indiferença”, afirma Bagão Félix
“O grande adversário da justiça e da paz, no princípio deste século é, entre tantos, a indiferença”, afirma Bagão FélixNo jornal Os Sem abrigo da Comunidade Vida e Paz, o economista defende que, à indiferença só se pode responder com esperança e comprometimento. E por sua vez, esta é indissociável da opção preferencial pelos pobres e pelos últimos. É esta opção que dá verdadeira dimensão humana à economia, sublinha.
Bagão Félix defende no seu texto Uma sociedade de justiça e paz que só há justiça e paz duradouras se o progresso for aliado fiel da vida, da família, da valorização espiritual, da promoção dos valores da dignidade e do carácter. O economista considera ainda que o progresso material só faz sentido se não houver sinais de regressão ou empobrecimento moral e espiritual.
O ex-ministro das Finanças defende ainda que a construção permanente da justiça e paz exige que estes ideais de bem sejam ancorados no amor social, no reencontro das virtudes, na harmonia das gerações, na personalização das relações. Neste número 58 do jornal, escreve ainda que só haverá paz com mais justiça concreta. Só haverá justiça autêntica com uma verdadeira paz.