agentes da solidariedade social estão apreensivos com a crise. Receiam a diminuição do apoio de empresas. Número de jovens que aderem ao voluntariado regista aumento
agentes da solidariedade social estão apreensivos com a crise. Receiam a diminuição do apoio de empresas. Número de jovens que aderem ao voluntariado regista aumentoas organizações não governamentais (ONG) de solidariedade social e ajuda humanitária receiam não ter contributos suficientes para responder aos pedidos de apoio que recebem, devido à crise económica. as ONG estão apreensivas, porque temos medo que os nossos dadores não continuem a contribuir, disse à agência Lusa a secretária-geral da assistência Médica Internacional (aMI), Luísa Nemésio.
Esta representante adiantou que há cada vez mais pessoas a baterem à porta da organização. No primeiro semestre deste ano, este número aumentou, comparativamente à mesma época do ano passado. Há algum tempo, começávamos a pôr em prática projectos, mesmo que não tivéssemos financiamento assegurado; mas agora somos mais prudentes e não fazemos isso, afirmou Luísa Nemésio.
a secretária da aMI reconhece que o peditório nacional, realizado entre 23 e 26 de Outubro, foi bem acolhido e pensa que o resultado vai ser equivalente ao do ano passado. O mesmo já não acontece em relação às empresas. a aMI tem sentido dificuldades em angariar apoios vindos destas entidades. Muitas dizem que estão a atravessar uma fase difícil e que não podem ajudar.
a instituição acreditar, de apoio a crianças com cancro e respectivas famílias, tem a mesma percepção. Sentimos que é mais difícil obter apoios, mesmo que as pessoas estejam receptivas à acreditar, afirmou a directora executiva da instituição. Margarida Cruz lamenta que as empresas não possam contribuir. Desculpam-se que estão num momento difícil a nível económico.
Em ambas as associações o número de voluntários tem vindo a aumentar e as duas representantes consideram que esse aumento se deve à dificuldade dos jovens em entrarem no mundo do trabalho. Eles vêem no voluntariado uma porta aberta para ganharem alguma experiência.
aMI e acreditar, com outras 15 ONG, que integram o Causas.net – que faz a comunicação de assuntos relacionados com essas ONG – responderam a um pequeno questionário sobre a crise para saber se esta está a afectar as associações e se o número de voluntários tem aumentado.