Projecto-piloto está a colocar deslocados das duas etnias a viverem juntos, com o objectivo de procurar uma reconciliação
Projecto-piloto está a colocar deslocados das duas etnias a viverem juntos, com o objectivo de procurar uma reconciliaçãoSão deslocados no Burundi, das etnias tutsi e hutu, que o colonialismo transformou em rivais apesar de viverem no mesmo território. Depois de décadas de violência, um projecto-piloto financiado pela agência para os refugiados está a reinstalar estes deslocados lado a lado, com o objectivo de procurar uma reconciliação que os vincule sobre as feridas de décadas de violência étnica sangrenta neste país africano.
Os retornados e os deslocados estão, sinceramente desde o início, dispostos a viverem juntos, afirmou Tony Garcia Carranza, responsável do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados na capital provincial de Ruyigi, perto da aldeia de Muriza. Não vemos qualquer atrito entre os dois grupos – trata-se realmente de um não-problema.
O conflito entre estas duas etnias remonta ao início dos anos 1960 e estima-se que tenha deixado mais de um milhão de mortos e mais umas centenas de milhares de pessoas obrigadas a abandonar os seus lares no Norte do Burundi e no país vizinho, o Ruanda.