Monges denunciam casos de discriminação e de violação da liberdade religiosa. Exigem pedido de desculpas oficiais do presidente sul-coreano e tratamento igual, denunciando um clima “hostil”
Monges denunciam casos de discriminação e de violação da liberdade religiosa. Exigem pedido de desculpas oficiais do presidente sul-coreano e tratamento igual, denunciando um clima “hostil”Desculpas formais por não ter garantido igual dignidade entre religiões, medidas severas contra os que exerceram discriminações de tipo confessional, sobretudo para com os líderes budistas, e imunidade para os manifestantes que nas semanas anteriores se manifestaram contra a importação de carne bovina americana: são as razões que levaram 200 mil monges a percorrer as ruas de Seul, ontem à tarde, 27 de agosto. Tratou-se de um protesto massivo contra o presidente Lee Myung-bak e o seu governo.
a manifestação teve início na praça central da capital sul-coreana e, logo de início, registou a adesão de vários padres católicos e expoentes da oposição. O ministro da cultura, do desporto e do turismo, Yu In-chon, garantiu que serão adoptadas regras que impeçam os funcionários públicos de cometer discriminações por motivos de fé. Porém os monges budistas sublinham que as medidas não são suficientes e julgam hostil o tratamento que recebem dos governantes.
Os monges budistas já receberam pedidos de desculpas de diversos membros do governo, mas exigem que o presidente sul-coreano, cristão de confissão protestante, se pronuncie claramente. a Coreia do Sul é um dos países mais tolerantes e que na Ásia mais garante a liberdade religiosa. Segundo os dados oficiais, de 2005, os budistas são 22,8 por cento da população, os protestantes 18,3 por cento e os católicos 11 por cento.