arcebispo de Tunja, Colômbia, afirmou em Quito: “O nosso continente é o que mais usa palas” [nos olhos como os cavalos]. é o que mostra “mais iniquidade no planeta”
arcebispo de Tunja, Colômbia, afirmou em Quito: “O nosso continente é o que mais usa palas” [nos olhos como os cavalos]. é o que mostra “mais iniquidade no planeta”augusto Castro comparou a exclusão a um câncer de que padece o continente latino-americano. O bem-estar da Suíça e a pobreza da África estão presentes em nosso continente porque, especialmente no mundo do bem-estar, cada um usa sua viseira, sublinhou, usando a alegoria do cavalo de corrida que usa viseira para olhar só para frente.
Segundo o arcebispo, que é missionário da Consolata, o Espírito Santo empurra o cristão a olhar também para o lado e a usar de solidariedade para com todos. O Espírito tem como uma de suas tarefas especiais tirar-nos todas as viseiras para que em nós se dissipe toda cegueira e se desperte a solidariedade com os que estão ao nosso lado. a solidariedade vai além das fronteiras da Igreja, atinge toda a sociedade.
Interrompido várias vezes pelas palmas da assembleia, augusto Castro usou uma linguagem simples e popular em sua conferência, recorrendo a imagens e factos da vida para explicar como o Espírito Santo actua na vida dos cristãos. O Espírito nos empurra em muitas direcções. E explicou: Quer dizer que ele é uma força que irrompe, uma energia criativa, um motor que põe em movimento, uma fonte de vitalidade, um factor de comunicação, um construtor de unidade.
O arcebispo denunciou uma ética agressiva frente à natureza, derivada de uma vontade de domínio ilimitada, que o [homem] move a apropriar-se da natureza, rompendo todos os equilíbrios. afirmou a urgência de se cuidar do planeta: Necessitamos uma vez mais e com urgência do empurrão para baixo, dado pelo Espírito Santo, para poder dar-nos conta de que do mesmo modo que a dignidade humana é fonte de todos os direitos humanos, assim também a dignidade da criação é fonte de todos os direitos dos animais, das plantas e da terra inteira, destacou.
ao lembrar que o Espírito Santo empurra para todos, o arcebispo insistiu na necessidade de se abrir a outras culturas e povos. Cada povo, cada religião e cada cultura têm uma verdade que manifestar. O encontro com os que não são de nosso grupo, de nossa cultura, de nossa religião, pode nos enriquecer.
Quem tem o Espírito Santo sente-se empurrado para fora e sente-se missionário. Pentecostes é sentir o seu empurrão para fora; é descobrir-nos em movimento, disse augusto castro. Nosso Pentecostes é tomar consciência de ser discípulos missionários; é dar-nos conta de que já não podemos ficar fechados, que temos de sair, que o pequeno mundo em que vivemos nos fica muito estreito, que temos que nos mover para a outra margem.