Sem uma verdadeira reconciliação no país, o risco de violência contra deslocados permanece elevada, advertiu representante da ONU
Sem uma verdadeira reconciliação no país, o risco de violência contra deslocados permanece elevada, advertiu representante da ONUaumentar a confiança de quem fugiu das suas casas, é essencial para o regresso da paz e da calma ao Quénia. Na ausência de um aumento substancial de iniciativas [de confiança], iremos pôr em perigo o frágil processo de restabelecimento da paz, afirmou esta terça-feira Walter Kalin, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para os Direitos Humanos, no final de uma visita de quatro dias ao país.
Intensificar estas medidas é crucial para assegurar o regresso sustentável das pessoas que foram forçadas a fugir das suas casas por causa da violência pós-eleitoral, que varreu o Quénia, no início deste ano.
Kalin elogiou o governo, a Cruz Vermelha queniana e as organizações internacionais na sua assistência às pessoas deslocadas internamente que vivem em acampamentos. Mas o recém-nomeado executivo enfrenta desafios para devolver aos deslocados as suas casas, incluindo a garantia que os repatriamentos são seguros.
Embora os esforços de reconciliação estejam em curso, com um aumento da presença policial nas zonas afectadas, devem ser empreendidas medidas de reconciliação mais robustas, que impliquem o regresso dos deslocados às suas comunidades locais, disse Kalin. Sem uma verdadeira reconciliação e medidas justas de transição, o risco de renovada violência contra os deslocados [que regressem] permanece elevada, advertiu por fim.